adentrar

inúmeras vezes

meu coração

desabou em teu lar

incontáveis

os choros

que teu mar

abraçou as minhas dores.

foi na beira do mar que

molhei os pés,

pedi agô, e

parei nos teus braços.

é na beira do mar

que nada do mundo novo sou

é na beira do mar

que me torno o filho pequeno

é em tua casa

que sempre serei peixe grande,

pequeno,

uma alga,

um ser plâncton...

aqui sempre serei

valioso

valoroso

estimado

filho único teu.

é na beira do mundo

que encontro

aconchego